2/10: ato unitário denuncia desmonte das políticas sociais e pede ‘Fora Bolsonaro’
No último sábado, 2, o Largo da Locomotiva de Santa Maria foi tomado por movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos que exigiam melhores condições de saúde, educação e trabalho. Além dessas pautas, o Sinasefe estava no ato para repudiar a PEC 32/2020 e defender as universidades públicas, os Institutos Federais e os serviços públicos.
Iniciado às 13h30, o ato contou com falas de vários representantes de entidades sindicais, sociais e estudantis. Em nome da seção sindical do Sinasefe-SM, Cláudia do Amaral, Secretária Geral do sindicato, discursou em defesa dos direitos dos servidores públicos e pediu pelo Fora Bolsonaro. Para ela, a ocupação da praça da locomotiva é necessária para ressignificar o local, que tradicionalmente é ocupado por grupos bolsonaristas.
‘’O ato é importante principalmente para a população se sensibilizar quanto à urgência de uma pressão popular contra a PEC 32, já que ela não afeta somente os servidores públicos, mas, principalmente, os serviços públicos em si. […] E não só serviços públicos federais, mas também estaduais e municipais. Então é bastante importante que a população se mantenha vigilante”, comenta a dirigente.
Alejandro Lezcano Scwarzkopf, Secretário Pessoal do Sinasefe Santa Maria, também esteve presente ao ato e reforçou os malefícios que a PEC traz para a população usuária dos serviços públicos.
“O governo Bolsonaro defende um programa neoliberal de redução do Estado e dos serviços públicos, promovendo uma campanha de desprestígio dos funcionários públicos. A Proposta de Emenda Constitucional 32 permite a retirada de serviços públicos essenciais, restringe a fiscalização de funcionários públicos estáveis e permite a captura do Estado por funcionários vinculados aos governos de turno. Acreditamos que mobilizações nas ruas podem levar a um maior debate público acerca de projetos desconhecidos pela maior parte da população”, pondera o coordenador.
Além das falas políticas, o sábado santa-mariense também foi marcado por intervenções artísticas e culturais, incluindo capoeira e rimas de rap. Ao fim dessas apresentações, o protesto prosseguiu pela Avenida Presidente Vargas, em uma marcha que gritava ‘’trabalhador se engana não, o Bolsonaro só governa pra patrão’’.
O ato de sábado integra uma agenda nacional de manifestações contrárias a diversas medidas antipovo adotadas pelo governo atual. Durante a atividade, uma comissão sanitária realizou distribuição de máscaras aos participantes.
Texto: Laurent Keller
Edição: Bruna Homrich