Assembleia do Sinasefe SM decide manter ‘estado de greve’
Em assembleia ocorrida na manhã desta terça, 28 de maio, no Auditório do Colégio Técnico Industrial da UFSM, a base do Sinasefe Santa Maria decidiu manter o estado de greve. Uma outra plenária será convocada para quarta, 5 de junho, após uma nova tentativa de negociação com o governo federal, em reunião confirmada para segunda, 3 de junho, às 14h.
Conforme a secretária-geral do Sinasefe SM, Cláudia do Amaral, uma das dificuldades que tem sido manifestada por filiados/as à entidade para a não adesão ao movimento paredista nacional, é o atual panorama do Rio Grande do Sul, que enfrenta desde o final de abril os efeitos da crise climática.
Um outro aspecto levantado durante a reunião desta terça, destaca Cláudia, e que também coloca entraves à greve, é o fato de uma das entidades que vinha sentando à mesa com o governo, a Proifes Federação, ter assinado o acordo com o Executivo à revelia do Sinasefe nacional e do ANDES-SN, o que levou o governo a querer fechar as portas para o prosseguimento do diálogo.
Durante a assembleia desta terça-feira, além dos relatos sobre a situação da greve encabeçada pelo Sinasefe, e também sobre o movimento coordenado pelo ANDES-SN no âmbito das universidades federais, também foi questionado e fez suas manifestações, o assessor jurídico do Sinasefe SM, advogado Heverton Padilha.
Conforme o advogado, há ações jurídicas tanto do Sinasefe como do ANDES-SN no sentido de demonstrar que a Proifes, por não ter registro sindical, é ilegítima para assinar o acordo com o governo. No caso da carreira EBTT, ressaltou Padilha, existe decisão no Tribunal Superior do Trabalho (TST) que define que a Proifes não representa esse segmento de trabalhadores da educação. Dessa forma, o assessor esclareceu que há possibilidade de se tentar anular o acordo assinado por Proifes.
Texto: Fritz Rivail
Fotos: Matheus S. Leite/Sinasefe SM