CTISM promove conversa com George Legmann, sobrevivente do holocausto
Nesta quinta-feira, 9 de setembro, às 18h, o Grupo de Pesquisa Nightwind, do CTISM, promoverá uma conversa virtual com George Legmann, sobrevivente do Holocausto. A atividade integra o projeto “Sobre Viver o Holocausto” e também tem a colaboração de Roselene Pommer, professora de História do CTISM e diretora do Sinasefe Santa Maria. A transmissão ocorre neste link: https://www.youtube.com/watch?v=xA93SB1eb0o Live Sobre Viver o Holocausto .
Legmann nasceu em 1944, no campo de concentração de Kaufering (subcampo de Dachau), e é umas das 7 crianças ali nascidas durante o Holocausto. Ele é provavelmente o sobrevivente do Holocausto mais jovem que vive no Brasil. Antes de chegar a Dachau, sua família passou por Auschwitz, onde alguns dos seus parentes foram assassinados. Após a guerra, em 1945, voltaram para a Romênia. Em 1960, o Brasil reatou as relações diplomáticas que tinham sido interrompidas em 1947 com a Romênia, quando lá se instalou o regime comunista. Foi nesse rearranjo diplomático que o governo romeno autorizou 50 famílias a emigrarem para o Brasil. Então, em 1961, a família Legmann chegou ao país.
O Projeto “Sobre Viver o Holocausto” é uma importante ação educativa sobre o holocausto, tendo por objetivo principal evitar que as gerações que não vivenciaram a sua época histórica o esqueçam. Este projeto foi idealizado por Marcelo Gewertz, neto da sobrevivente Cecília Gewertz, como uma forma de homenagem à memória de sua avó.
Segundo Marcelo, “muito provavelmente nós seremos a última geração que terá contato direto com os sobreviventes em condições de absorver seus testemunhos. Assim, precisamos ouvi-los o máximo possível, aprender com eles e divulgar suas histórias para honrá-los e mantermos suas memórias vivas, principalmente quando eles não puderem mais contá-las. Esse é o objetivo do projeto. Queremos conectar os sobreviventes principalmente com as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de ouvi-los contar suas histórias. Além disso, ao convidarmos os sobreviventes para falar, visamos educar sobre o Holocausto para aumentar o conhecimento sobre o tema e ajudar na luta para combater aqueles que, mesmo com inúmeras provas e testemunhos de sobreviventes, minimizam ou até negam um dos, se não O, genocídio mais bem documentado da história”.