Palestra sobre equilíbrio ocupacional discute as adversidades do retorno presencial
Na última sexta-feira, 5 de agosto, ocorreu, no Colégio Politécnico da UFSM, a palestra “Equilíbrio Ocupacional e o Retorno das Atividades Presenciais”, ministrada pela terapeuta ocupacional da UFSM, mestre em gerontologia e especialista em ergonomia, Priscilla Alencastro. A atividade, promovida pelo Sinasefe de Santa Maria, teve como objetivo principal discutir os desdobramentos do retorno presencial nas rotinas e na saúde psíquica da comunidade universitária, em especial de docentes e técnico-administrativos em educação. A UFSM retomou as aulas presenciais em abril deste ano, após, em virtude da pandemia, ter passado dois anos com atividades quase que estritamente remotas.
Priscilla destacou em sua fala a dificuldade de as pessoas se adaptarem à vida presencial como era antes do período pandêmico, exigindo uma reorganização das rotinas de toda comunidade acadêmica (discentes, docentes e técnicos administrativos). Isso porque, por mais que se soubesse do fim do ensino remoto e das demais atividades cotidianas que estavam acontecendo a distância, a volta presencial foi recebida de forma abrupta. Nesse sentido, a terapeuta explicou ser importante estabelecer um equilíbrio ocupacional, isto é, reorganizar a rotina a partir de uma distribuição das tarefas e compromissos, de forma que não deixe o dia a dia das pessoas sobrecarregado.
”Se a gente não cuidar da nossa cabeça, quem vai cuidar? Se a gente não souber o nosso limite, quem vai saber? Precisamos nos conhecer, para saber quais são os nossos limites e saber impor eles, porque no momento em que a gente os impõe, a vida fica mais leve’’ – Priscilla Alencastro
Compartilhando experiências
Ao final da palestra, houve um momento de fala voltado aos sindicalizados que participaram do evento, para que contassem suas experiências individuais em relação às dificuldades enfrentadas durante a pandemia e no retorno ao presencial. Claudio do Nascimento, Secretário de Aposentados, compartilhou sua vivência e reforçou o papel do sindicato na busca pela qualidade de vida: “o Sinasefe é um sindicato que trabalha na perspectiva de unir os interesses da coletividade dos servidores técnico-administrativos e docentes, visando à melhoria da sociedade como um todo. Mas a cobrança [física e mental, vinda da rotina] é individualizada”, expressa o Secretário.
Por isso, o Sinasefe procura sempre abrir espaço para diálogos como o da última sexta-feira, para que os servidores possam refletir a respeito das implicações do trabalho no cotidiano. Se você não conseguiu acompanhar a palestra presencialmente, é possível acessar a gravação da atividade pelo canal do YouTube Paideia.
Texto e imagens: Laurent Keller
Edição: Bruna Homrich
