Reitora da UFRGS fala sobre democracia em universidades

Diretor Cláudio Kelling faz pergunta à reitora da UFRGS
Quais seriam os principais desafios da universidade pública brasileira? Para a reitora da UFRGS, Márcia Barbosa, dentre alguns dos desafios históricos e contemporâneos da universidade pública brasileira estaria a necessidade de uma instituição radicalmente democrática, emancipada e comprometida com a sociedade e o planeta.
Essa ênfase feita pela docente ocorreu na tarde da última quinta, 3 de abril, no Auditório Wilson Aita (anexo C do prédio do Centro de Tecnologia), durante o seminário “Universidade que queremos”, promovido pelos sindicatos (Sedufsm, Sinasefe SM, Assufsm, Atens) e Associação de Pós-Graduandos (APG).
O diretor do Sinasefe SM, professor Cláudio Kelling, representou a entidade durante o evento. Ele avaliou positivamente o encontro que, segundo ele, apresentou um “momento rico para que se possa avançar nas discussões sobre o que se deseja para as universidades”, especialmente em um ano em que se deve escolher a nova gestão da UFSM.
Claudio Kelling ressalta a importância da abordagem da reitora da UFRGS em relação à situação atual das Universidades Públicas e Privadas do Brasil, no que se refere a ingresso, inclusão, geração de conhecimentos, entre outros aspectos. O diretor do Sinasefe SM destaca também os comentários de Márcia Barbosa sobre a importância da ampliação das pesquisas nas Universidades, com a publicização desses conhecimentos gerados para a sociedade, o que demonstraria a importância das Universidades Públicas no Brasil.
Para Kelling, “ficou claro na fala dela, a necessidade de aumentar a inclusão nas instituições, aprimorando ainda mais o processo de seleção nas Universidades”. E o assunto que não poderia faltar, destaca Kelling, é a questão do orçamento das universidades, já que ainda existem cortes. Não apenas devem cessar esses cortes, mas também é necessário ampliar os recursos orçamentários, evitando assim o sucateamento.
Lista tríplice e voto paritário

Durante a sua explanação, a professora Márcia Barbosa defendeu que é preciso eliminar a necessidade do envio de uma lista tríplice para a nomeação de reitores/as. Segundo ela, isso é uma meta que deve ser buscada e alcançada antes das eleições de 2026, para que se assegure a democracia nas instituições, na medida em que sempre há risco de, em um processo eleitoral, ser eleito um governo reacionário.
Após a palestra da reitora da UFRGS no seminário, foi ampliado o debate com a abertura para perguntas por parte das entidades organizadoras do evento. Ao final do encontro, as entidades sindicais também se organizaram e pretendem divulgar uma campanha pública em defesa do voto paritário para escolha de reitor/a na UFSM.

Texto: Fritz Rivail com a colaboração do site da Sedufsm
Fotos: Bruna Homrich/Sedufsm