Servidores TAEs do Politécnico paralisaram em defesa da carreira e do reajuste

 Servidores TAEs do Politécnico paralisaram em defesa da carreira e do reajuste

A última quinta-feira, 10 de agosto, foi definida como Dia Nacional de Lutas e Paralisações das e dos servidores públicos federais. Em todo o território nacional, registraram-se mobilizações em defesa, especialmente, de uma carreira digna, de reajuste salarial e da revogação do Novo Ensino Médio.

Na UFSM, as e os técnico-administrativos do Colégio Politécnico aderiram massivamente ao chamado das entidades representativas dos servidores e servidoras da educação federal (Sinasefe, ANDES-SN e Fasubra) e paralisaram as atividades de trabalho, destinando o dia para debates coletivos sobre a proposta de carreira que melhor contempla as demandas da categoria e também sobre itens da Campanha Salarial 2024 do funcionalismo.

O tesoureiro geral do Sinasefe Santa Maria, Claudio Kelling, presente à atividade, avaliou o dia de mobilização como muito válido e proveitoso. Após se reunirem em frente ao Colégio, relata o dirigente, as e os servidores dirigiram-se para o Auditório da unidade, onde debateram sobre as pautas que justificavam a paralisação. Lá, receberam o apoio da diretora, Marta Von Ende, e do vice-diretor, Moacir Bolzan.

“Destaquei que o Sinasefe Santa Maria apoia as lutas dos servidores e reivindica, junto a eles, o atendimento das reivindicações pelo governo, principalmente na Mesa Nacional de Negociação, que está difícil, pois o governo recebe o funcionalismo mas não toma providencia, não diz se vai dar aumento ou não”, comenta Kelling, que também apresentou o plano de carreira dos TAEs construído pelo Sinasefe e entregue ao governo.

Quem também considerou a mobilização no Politécnico como muito produtiva foi Hazael de Almeida, coordenador geral do Sinasefe Santa Maria. “Já ficou a proposição de construirmos mais momentos como esse para termos uma noção melhor de como está nossa carreira e de quais as perspectivas futuras em relação a ela”, pondera. Na parte da tarde, ele conta que as e os servidores assistiram a uma live sobre o arcabouço fiscal e as consequências de sua possível aprovação.

“A nossa direção [do Politécnico] está de parabéns por nos oportunizar o espaço. É importante eles estarem alinhados conosco e saberem a importância desses momentos”, conclui o dirigente.

Mesa Nacional

A escolha da data para a paralisação justificou-se pelo fato de, na mesma quinta-feira, ter ocorrido o terceiro encontro da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) entre governo federal e servidores públicos. No encontro foram debatidos principalmente quatro itens: recomposição salarial, equiparação de benefícios, administração das aposentadorias e abertura das Mesas Específicas-Temporárias. Veja, abaixo, o saldo da reunião sobre cada um dos pontos:

– Recomposição: os representantes do governo não apresentaram nenhuma proposta de índice, o que foi avaliado muito negativamente pelas entidades sindicais;

– Equiparação entre os benefícios dos servidores e servidoras do Poder Executivo com os dos demais Poderes (Legislativo e Judiciário): o governo informou que está trabalhando na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para retirar a trava que impede o reajuste dos benefícios para além do período inflacionário. Mas, assim como no ponto da recomposição salarial, também não foi apresentada nenhuma proposta concreta, o que foi igualmente considerado pelos sindicatos como bastante negativo;

– Administração das aposentadorias: governo apresentou um desenho do órgão que irá administrar as aposentadorias. Em breve, o Sinasefe Nacional irá disponibilizar em seu site o desenho do órgão;

– Mesas Específicas-Temporárias: mais de 60 pedidos para aberturas de Mesas Específicas/Temporárias foram apresentados pelas entidades sindicais. Diante disso, o Governo Federal está fazendo um estudo para atender essa demanda. Em 2023, 10 Mesas Específicas/Temporárias serão instaladas, com início previsto para 04 de setembro. Serão priorizadas as demandas que constam no Plano Plurianual (PPA), o que beneficia a carreira do PCCTAE – que ficou em terceiro lugar na consulta eletrônica do Brasil Participativo, recebendo mais de 77 mil votos.

Veja aqui a live nacional do Sinasefe ocorrida após a reunião da MNNP.

Bruna Homrich

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