Coordenador do Sinasefe SM participa de programa da Unifm
Na manhã da última segunda, 24 de junho, o coordenador-geral do Sinasefe Santa Maria, José Abílio Lima de Freitas, participou de entrevista ao programa ‘Editoria 107.9’ da Unifm (rádio da UFSM), comandado pelo jornalista Gilson Piber. Ele abordou detalhes da 193ª Plena Nacional, do Sinasefe, que no final de semana havia aprovado a suspensão da greve. Também fez avaliações sobre o trabalho que o Sinasefe Santa Maria vem realizando junto à sua base, que inclui, o colégio Técnico Industrial, Politécnico, Ipê Amarelo da UFSM e o Militar de Santa Maria.
Abílio destacou que, em que pese o fato de o governo federal não ter atendido a todas as demandas do movimento grevista, o que levou à categoria a decidir, no final de semana, a suspender a greve, é o fato de que as negociações irão prosseguir. Segundo ele, é preciso que as mesas, tanto no Ministério da Educação como no Ministério de Gestão e Inovação, tenham continuidade para que se possa avançar na pauta de reivindicações.
Um dos aspectos citados pelo coordenador-geral que causou frustração se refere à não concessão de reajuste salarial em 2024, que foi substituído por “penduricalhos”, como o aumento em diversos auxílios, mas que não atingem aposentados. Todavia, destaca Abílio, houve ganhos importantes para ativos e aposentados.
Dentre esses ganhos, ele cita, no caso do PCCTAE, a reestruturação da carreira em 19 níveis; a redução de interstícios de 18 para 12 meses, ou seja, o intervalo entre uma progressão e outra foi reduzido.
Também enfatizou que, no caso de docentes EBTT, houve adequação nos steps, que em 2026 chegará a 5%; e revogação da Portaria 983, que era uma reivindicação dos servidores desde a gestão Bolsonaro; e a não exigência do ponto eletrônico, medida que desconsiderava o trabalho desempenhado pelos docentes para além das salas de aula. Além disso, a recolocação na mesa de negociação sobre o RSC para aposentados.
O que fica da greve?
Questionado pelo jornalista da Unifm, sobre qual o aprendizado que fica em relação à greve, Abílio lembrou que, no âmbito da UFSM, não foi deflagrada greve, mas apenas ‘estado de greve’. Contudo, isso não significa que não tenha havido participação e solidariedade com que fez greve. Para o dirigente do Sinasefe SM, a união é sempre fundamental entre as categorias para que se possa obter resultados positivos.
Texto: Fritz Rivail
Imagem: Unifm